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quinta-feira, 8 de maio de 2014

♥ Dia da Paz - 8 de Maio ♥

"A Lenda da Flor de Lótus"

Certo dia, à margem de um tranquilo lago solitário, 
a cuja margem se erguiam frondosas árvores 
com perfumosas flores de mil cores, 
e coalhadas de ninhos onde aves canoras chilreavam, 
encontraram-se quatro elementos irmãos: 
o fogo, o ar, a água e a terra. 
- Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva 
- disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza. 
É verdade - disse o ar. 
- É um destino bem curioso o nosso. 
À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, 
tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade. 
- Não te queixes - disse a água 
-, pois estamos obedecendo à Lei, 
e é um Divino Prazer servir à Criação. 
Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; 
tu corres de um lado para outro, à tua vontade; 
o irmão fogo, entra e sai por toda parte 
servindo a vida e a morte. 
Eu faço o mesmo. 
- Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar 
- disse a terra - pois estou sempre imóvel, 
e mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, 
sem descansar no mesmo espaço. 
- Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos 
- tornou a dizer o fogo - com discussões supérfluas. 
É melhor festejarmos estes momentos 
em que nos encontrarmos fora da forma. 
Regozijemo-nos à sombra destas árvores 
e à margem deste lago formado pela nossa união. 
 Todos o aplaudiram e se entregaram 
ao mais feliz companheirismo. 
Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, 
as maravilhas que tinham construído e destruído. 
Cada um se orgulhou de se haver prestado 
para que a Vida se manifestasse através de formas 
sempre mais belas e mais perfeitas. 
E mais se regozijaram, 
pensando na multidão de vezes que se uniram 
fragmentariamente para o seu trabalho. 
Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: 
o homem. Ah! como ele era ingrato. 
Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais,
 e o homem abusava deles, perdendo-os. 
Tiveram desejo de retirar sua cooperação 
e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. 
Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou 
a reinar entre os quatro irmãos. 
Aproximando-se o momento de se separarem, 
pensaram em deixar uma recordação 
que perpetuasse através das idades 
a felicidade de seu encontro. 
Resolveram criar alguma coisa especial que, 
composta de fragmentos de cada um deles 
 harmonicamente combinados, 
fosse também a expressão de suas diferenças 
e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. 
Houve muitos projetos que foram abandonados
 por serem incompletos e insuficientes. 
Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram: 
- E se construíssemos uma planta 
cujas raízes estivessem no fundo do lago, 
a haste na água e as folhas e flores fora dela? 
- A ideia pareceu digna de experiência. 
Eu porei as melhores forças de minhas entranhas 
- disse a terra - e alimentarei suas raízes. 
- Eu porei as melhores linfas de meus seios 
- disse a água - e farei crescer sua haste. 
- Eu porei minhas melhores brisas 
- disse o ar - e tonificarei a planta. 
- Eu porei todo o meu calor - disse o fogo 
- para dar às suas corolas as mais formosas cores. 
Dito e feito. 
Os quatro irmãos começaram a sua obra. 
Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, 
a haste, as folhas e as flores. 
O sol abençoou-a 
e a planta deu entrada na flora regional, 
saudada como rainha. 
Quando os quatro elementos se separaram, 
a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, 
e servia para o homem como símbolo 
da pureza e perfeição humana. 
Consultaram-se os astros, 
e foi fixada a data de 8 de maio 
- quando a Terra está sob a influência da Constelação de Taurus, 
símbolo do Poder Criador 
- para a comemoração que desde épocas remotas 
se tem perpetuado através das idades. 
Foi espalhada esta comemoração por todos os países do Ocidente, 
e, em 1948, 
o dia 8 de Maio se tomou também o 
"Dia da Paz"

Imagens::Google
Texto retirado Do Portal da Índia

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